08/05/2012

Aulas

Primeira aula – dia 07/02


Conhecemos o professor Leandro, que apresentou o plano de ensino da disciplina à turma. E nos pediu que fizéssemos uma breve apresentação de nós, além de contar a ele quais seriam as nossas expectativas em relação à disciplina e o que entendíamos sobre currículo. As respostas dos alunos foram bem semelhantes um ao outro, a maioria tinham a mesma idéia do que seria currículo: algo que continha nossas informações pessoais, experiências, tudo ligado a vida profissional. Veremos então no decorrer das aulas aqui postadas, qual o real conceito de currículo.

 
Aula 2 – dia 14/02

Conceitos de Currículo

As inúmeras teorias de currículo abordam sempre algum tipo de Pedagogia, ou liberal ou progressista. A Pedagogia Liberal é abordada pela escola tradicional, onde o ensino é tradicional, não diretivo, progresivista e tecnicista, tendo como centro o professor detentor do saber. Já a Pedagogia Progressista, no caso da escola novaou moderna, tem como base um currículo crítico social, levando em conta a realidade de cada aluno, não existindo um poder centralizado, sendo libertadora, libertária.
A Pedagogia chega ao Brasil com os Padres Jesuítas catequizando os índios, de maneira tradicional, até a sua ruptura com a escola nova por meio de teorias como as de Anísio Teixeira http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/anisio-teixeira-306977.shtml, Lourenço Filho http://www.infoescola.com/biografias/lourenco-filho/e Fernando Azevedo http://www.brasilescola.com/biografia/fernando-de-azevedo.htm.
Aula 03 - dia 28/02
Continuação: Conceitos de Currículo
 Portanto a Escola Tradicional é definida por conteúdos, formalidade e baseada na ciência, um dos grandes teóricos tradicionais da teoria de currículo foi Bobbitt (1918). A Escola Moderna baseada nas experiências e progressista, tendo como base teórica Dewey (1952).
Além das teorias Tradicionais e Modernas, temos as modalidades de ensino formal e informal. O formal é um espaço em que acontece uma educação intencional, com o objetivo de que o outro aprenda, como por exemplo, escola, igreja entre outros; tendo como teórico dessa maneira de educação Traldi (1984). O espaço informal é quando a educação não é intencional, e não necessariamente estando em um espaço educativo, mas onde se aprende sem uma intencionalidade explícita, como por exemplo a família, uma conversa entre amigos e outros, tendo como teórico Sperb (1966) que tanto se baseia na formalidade de ensino quanto na informalidade.
 Taylorismo
Quando aconteceu a Revolução Industrial, empresas faliam por falta de administração, sendo levadas por lógica e não por um planejamento estatístico e administrativo. Taylor enxerga buracos na revolução então cria o Taylorismo, mais conhecido como Teoria Administrativa. Com o Taylorismo vai surgindo outras administrações como Fordismo, Toyotismo, Fayol, Weber, entre outros. Mas o importante é saber que com o Taylorismo é que surge a Escola Clássica (a primeira das primeiras tradicionais).
Novamente mencionamos Bobbitt que foi um dos principais influentes da Escola Tradicional, que estuda e é influenciado pelo Taylorismo.
A visão de Dewey (progressista), se contradiz totalmente com a de Bobbitt, quando não concorda com o preparo do aluno para a vida do fazer industrial, mas concorda com estudar suas próprias experiências, tendo o aluno prazer em aprender e encarar a sociedade com sua própria personalidade e não de forma “adestrada”.
Aula 4 – dia 06/03
 Fundamentos do Currículo
 Perguntas que se deve indagar antes de iniciar o currículo:
·         Como ensinar? Usar uma ordem (um conteúdo depende do outro)
·         Quando ensinar? Também usando uma ordem
·         Como ensinar? Se adequar de acordo com o que o sistema educacional disponha (recursos, infra-estrutura, etc.)
·         Avaliação: Tem que ser processual, contínua, constante, com base no decorrer do processo e não no fim.
No currículo a Educação Formal e a Informal deve interagir.
Fontes do Currículo
·         Progressista: Pedagogia Crítica onde o aluno é o centro, do conhecimento dele é que parte os métodos. E é do conhecimento partindo dos alunos que se dá o termo “Currículo Oculto”.
·         Essencialista: Tomando em conta os conteúdos e não os alunos, uma abordagem tradicional.
·         Sociólogos: Parte da análise social.
Observação: Os Progressistas têm uma visão micro (do eu) e os Sociólogos uma visão macro (do conjunto).
Para Tyler (consolidou a teoria de Bobbit) todas essas fontes são importantes porém nenhuma segue só.
 Psicologia e Currículo
·         Piaget: Construtivista - Cognitivista (do eu para o meio). Visando a teoria de estágios do desenvolvimento de Piaget é possível atrasar ou prolongar um estágio. Influencia a fonte progressista.
·         Vigotsky: Sócio-interacionista (do meio para o eu). Com as teorias de Nível de Desenvolvimento Efetivo, onde o aluno é capaz de aprender sozinho e a Zona de Desenvolvimento Proximal, quando os dois níveis interagem.
·         Ausubel: Fala da importância dos conhecimentos prévios dos alunos e da distinção entre aprendizagem significativa e aprendizagem repetitiva/mecânica.
Processo de Elaboração do Projeto Curricular
Sistema Educacional Fechado: É um sistema Tradicional onde as disciplinas não interagem.
Sistema de Elaboração do Projeto Curricular
Sistema Educacional Aberto: Sistema Moderno, onde todos elaboram e todos executam há interdisciplinaridade.
Observação: A concepção construtivista da Aprendizagem escolar apóia o modelo de Currículo Aberto.

Aula 05 – dia 20/03
Os Componentes do Currículo
Conteúdos (O que ensinar?)
Cronograma (Quando ensinar?)
Metodologia (Que, como e quando ensinar?)
A avaliação consiste nesses três pontos e mais o público alvo, com objetivo real, concreto, possível de ser atingido. O INPUT (conteúdos) e o OUTPUT (resultados) devem entre eles haver a mediação da avaliação, que desenvolve os conteúdos e mostram quais foram os resultados e deve ser um processo constante.
A avaliação, portanto pode ser diferida da via de acesso pelos resultados, pelos conteúdos, ou pelas atividades de aprendizagem.

Aula 6 – dia 27/03
Os Componentes do Currículo (Parte II)
Proposta de Gagné
Propõe distintos resultados de aprendizagem escolar, dos mais simples aos mais complexos. Entre esses, habilidades motoras, atitudes, informações verbais, habilidades intelectuais e estratégias cognitivas, de forma que isso se concretize diante da criatividade do professor.
Proposta de Tyler
Com o modelo tradicional, partindo dos conteúdos visando as finalidades, experiências de aprendizagem, organização e avaliação como finalização do conteúdo.
Proposta de Taba
Os Currículos devem ser justificados para que não só seja executado por meio de uma submissão a quem faz o currículo, devendo conter, contexto e justificativas, quadro de objetivos, roteiro ou mapa de conteúdos, plano de organização e sequência do ensino-aprendizagem, e plano de avaliação.

Aula 7 – dia 10/04
Os Componentes do Currículo (Parte III)
O projeto curricular não deve recomendar um método de ensino determinado, para não tirar a autonomia do professor.
Avaliação X Currículo
A avaliação é importante por ser constante então está sempre dentro do Currículo. Sendo assim um Componente Curricular. Existem quatro tipos de avaliação:
  • Inicial – Quando tem a finalidade de diagnosticar o que o aluno já conhece antes mesmo do ensino.
  • Formativa – A avaliação feita ao longo do processo, como forma de acompanhamento.
  • Somatória – Avaliar para medir o conhecimento por meio apenas de pontuação.
  • Classificatória – Quantitativa, para ver quem aprendeu ou não.

Aula 8 – dia 24/04
Teorias de Currículo
Vamos falar novamente em Bobbitt, relembrando que para ele os estudos devem ser processados como um produto fabril, onde os alunos aprendem o fazer industrial. Nesse contexto tradicional a concepção de Currículo é uma questão de poder, de influenciar, não havendo influências sobre ele, mas dele para o meio, tanto cultural quanto política entre outros fatores. Dessa maneira o Currículo se torna uma maneira de fazer com que o aluno permaneça onde está (status social), aceitando a sua condição, aceitando a definição do burguês e do proletário, o Status Quo.
Aula 9 – dia 15/04 com continuidade no dia 29/05
A Base das Teorias Críticas de Currículo
Para a teoria crítica a tradicional só serviu para análise, ou seja, é uma crítica a tradicional. Como grande representante da teoria crítica temos as teorias de Althusser, que diz que muitas escolas são punitivas e não educativas, que funciona como aparelho de domínio ideológico do Estado e que essa ideologia é oferecida através do Currículo, e que é um meio reprodutor do sistema capitalista. Todos esses pensamentos são inspirados pelas teorias Marxistas, que visam o fim do Status Quo.
Para Bowles e Gintis, diferentemente de Althusser que diz que a escola contribuiu não propriamente através do conteúdo explícito de seu currículo, mas ao espelhar no seu funcionamento as relações sociais.
Para Bourdieu e Passeron é através da reprodução da cultura dominante que a produção mais ampla da sociedade fica garantida.
Contra concepção técnica: os reconceptualistas
·         Instalação com os parâmetros tecnocráticos dos moldes de Bobbitt e Tyler;
·         Questionam as teorias tradicionais;
·         Dizem que os teóricos tradicionais como fazer o currículo;
·         Buscam além do como fazer, mas tudo o que está por trás do Currículo;
·         Defendem o mundo de primeira ordem das experiências diretas;
·         Defendem o Currículo com a experiência do aluno.
A crítica neomarxista de Michael Apple
·         Questiona a educação liberal (como Althusser e Bourdieu);
·         O Currículo não é neutro, inocente e desinteressado de conhecimentos (também um instrumento ideológico);
·         O que a teoria tradicional não respondeu a teoria crítica aprofunda.
Aula 10 – dia 29/05
O Currículo como Política Cultural: Henry Girux
·         Como teórico crítico também questionava as teorias tradicionais;
·         O Currículo tem o poder de fazer as pessoas fugir da dominação;
·         O sujeito deixando de ser coisificado e ser autor da sua própria história;
·         O aluno exercendo a democracia através do Currículo.
Paulo Freire
Liberal e Progressista defende a classe oprimida e a educação de cunho problematizador, a educação bancária. Sendo a favor da melhora educacional através da sociedade e da política.
Demerval Saviane
Também progressista defende a separação da prática política da prática educativa (pelo fato de a política contaminar a educação). Busca mais que os métodos mas, a aquisição para os fins na educação.
Michael Young
Concentra-se nas formas de organização do Currículo se preocupando com o porque de se atribuir mais prestígios a umas disciplinas do que a outras.