Conhecemos o professor Leandro, que apresentou o plano de
ensino da disciplina à turma. E nos pediu que fizéssemos uma breve apresentação
de nós, além de contar a ele quais seriam as nossas expectativas em relação à
disciplina e o que entendíamos sobre currículo. As respostas dos alunos foram
bem semelhantes um ao outro, a maioria tinham a mesma idéia do que seria
currículo: algo que continha nossas informações pessoais, experiências, tudo
ligado a vida profissional. Veremos então no decorrer das aulas aqui postadas,
qual o real conceito de currículo.
Aula 2 – dia 14/02Conceitos de Currículo
As inúmeras teorias de currículo abordam sempre
algum tipo de Pedagogia, ou liberal ou progressista. A Pedagogia Liberal é abordada pela escola tradicional, onde o ensino é tradicional, não diretivo,
progresivista e tecnicista, tendo como centro o professor detentor do saber. Já
a Pedagogia Progressista, no caso da
escola novaou moderna, tem como base um currículo crítico social, levando em
conta a realidade de cada aluno, não existindo um poder centralizado, sendo
libertadora, libertária.
A Pedagogia chega ao Brasil com os Padres Jesuítas catequizando os índios, de maneira tradicional, até a sua ruptura com a escola nova por meio de teorias como as de Anísio Teixeira http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/anisio-teixeira-306977.shtml, Lourenço Filho http://www.infoescola.com/biografias/lourenco-filho/e Fernando Azevedo http://www.brasilescola.com/biografia/fernando-de-azevedo.htm.
A Pedagogia chega ao Brasil com os Padres Jesuítas catequizando os índios, de maneira tradicional, até a sua ruptura com a escola nova por meio de teorias como as de Anísio Teixeira http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/anisio-teixeira-306977.shtml, Lourenço Filho http://www.infoescola.com/biografias/lourenco-filho/e Fernando Azevedo http://www.brasilescola.com/biografia/fernando-de-azevedo.htm.
Aula 03 - dia 28/02
Continuação:
Conceitos de Currículo
Além das teorias Tradicionais e Modernas, temos as modalidades de
ensino formal e informal. O formal é um espaço em que acontece uma educação
intencional, com o objetivo de que o outro aprenda, como por exemplo, escola,
igreja entre outros; tendo como teórico dessa maneira de educação Traldi
(1984). O espaço informal é quando a educação não é intencional, e não necessariamente
estando em um espaço educativo, mas onde se aprende sem uma intencionalidade
explícita, como por exemplo a família, uma conversa entre amigos e outros,
tendo como teórico Sperb (1966) que tanto se baseia na formalidade de ensino
quanto na informalidade.
Quando aconteceu a Revolução Industrial, empresas faliam por falta
de administração, sendo levadas por lógica e não por um planejamento estatístico
e administrativo. Taylor enxerga buracos na revolução então cria o Taylorismo, mais conhecido como Teoria Administrativa. Com o Taylorismo
vai surgindo outras administrações como Fordismo, Toyotismo, Fayol, Weber,
entre outros. Mas o importante é saber que com o Taylorismo é que surge a
Escola Clássica (a primeira das primeiras tradicionais).
Novamente mencionamos Bobbitt que foi um dos principais influentes
da Escola Tradicional, que estuda e é influenciado pelo Taylorismo.
A visão de Dewey (progressista), se contradiz totalmente com a de
Bobbitt, quando não concorda com o preparo do aluno para a vida do fazer industrial,
mas concorda com estudar suas próprias experiências, tendo o aluno prazer em
aprender e encarar a sociedade com sua própria personalidade e não de forma “adestrada”.
Aula 4 – dia 06/03
·
Como ensinar?
Usar uma ordem (um conteúdo depende do outro)
·
Quando
ensinar? Também usando uma ordem
·
Como ensinar?
Se adequar de acordo com o que o sistema educacional disponha (recursos, infra-estrutura,
etc.)
·
Avaliação:
Tem que ser processual, contínua, constante, com base no decorrer do processo e
não no fim.
No currículo
a Educação Formal e a Informal deve interagir.
Fontes
do Currículo
·
Progressista:
Pedagogia Crítica onde o aluno é o centro, do conhecimento dele é que parte os
métodos. E é do conhecimento partindo dos alunos que se dá o termo “Currículo
Oculto”.
·
Essencialista:
Tomando em conta os conteúdos e não os alunos, uma abordagem tradicional.
·
Sociólogos:
Parte da análise social.
Observação:
Os Progressistas têm uma visão micro (do eu) e os Sociólogos uma visão macro
(do conjunto).
Para Tyler (consolidou a teoria de Bobbit) todas
essas fontes são importantes porém nenhuma segue só.
·
Piaget: Construtivista - Cognitivista (do eu para o meio).
Visando a teoria de estágios do desenvolvimento de Piaget é possível atrasar ou
prolongar um estágio. Influencia a fonte progressista.
·
Vigotsky: Sócio-interacionista (do meio para o eu). Com
as teorias de Nível de Desenvolvimento Efetivo, onde o aluno é capaz de
aprender sozinho e a Zona de Desenvolvimento Proximal, quando os dois níveis
interagem.
·
Ausubel: Fala da importância dos conhecimentos prévios
dos alunos e da distinção entre aprendizagem significativa e aprendizagem
repetitiva/mecânica.
Processo de Elaboração do Projeto
Curricular
Sistema
Educacional Fechado: É um sistema Tradicional onde as disciplinas não
interagem.
Sistema
de Elaboração do Projeto Curricular
Sistema
Educacional Aberto: Sistema Moderno, onde todos elaboram e todos executam há interdisciplinaridade.
Observação: A concepção construtivista da Aprendizagem escolar apóia o modelo de Currículo Aberto.
Observação: A concepção construtivista da Aprendizagem escolar apóia o modelo de Currículo Aberto.
Aula 05 – dia 20/03
Os
Componentes do Currículo
Conteúdos (O que ensinar?)
Cronograma (Quando ensinar?)
Metodologia (Que, como e quando ensinar?)
A avaliação consiste nesses três pontos e mais o público alvo,
com objetivo real, concreto, possível de ser atingido. O INPUT (conteúdos) e o
OUTPUT (resultados) devem entre eles haver a mediação da avaliação, que
desenvolve os conteúdos e mostram quais foram os resultados e deve ser um
processo constante.A avaliação, portanto pode ser diferida da via de acesso pelos resultados, pelos conteúdos, ou pelas atividades de aprendizagem.
Aula 6 – dia 27/03
Os Componentes do Currículo (Parte II)
Proposta de Gagné
Propõe distintos resultados de
aprendizagem escolar, dos mais simples aos mais complexos. Entre esses,
habilidades motoras, atitudes, informações verbais, habilidades intelectuais e
estratégias cognitivas, de forma que isso se concretize diante da criatividade
do professor.
Proposta de Tyler
Com o modelo tradicional, partindo
dos conteúdos visando as finalidades, experiências de aprendizagem, organização
e avaliação como finalização do conteúdo.
Proposta de Taba
Os Currículos devem ser justificados
para que não só seja executado por meio de uma submissão a quem faz o
currículo, devendo conter, contexto e justificativas, quadro de objetivos,
roteiro ou mapa de conteúdos, plano de organização e sequência do
ensino-aprendizagem, e plano de avaliação.
Aula 7
– dia 10/04
Os
Componentes do Currículo (Parte III)
O projeto curricular não deve recomendar um método de ensino
determinado, para não tirar a autonomia do professor.
Avaliação X Currículo
A avaliação é importante por ser constante então está sempre dentro do
Currículo. Sendo assim um Componente Curricular. Existem quatro tipos de
avaliação:
- Inicial –
Quando tem a finalidade de diagnosticar o que o aluno já conhece antes
mesmo do ensino.
- Formativa – A
avaliação feita ao longo do processo, como forma de acompanhamento.
- Somatória –
Avaliar para medir o conhecimento por meio apenas de pontuação.
- Classificatória
– Quantitativa, para ver quem aprendeu ou não.
Aula 8 – dia 24/04
Teorias de Currículo
Vamos
falar novamente em Bobbitt, relembrando que para ele os estudos devem ser
processados como um produto fabril, onde os alunos aprendem o fazer industrial.
Nesse contexto tradicional a concepção de Currículo é uma questão de poder, de
influenciar, não havendo influências sobre ele, mas dele para o meio, tanto
cultural quanto política entre outros fatores. Dessa maneira o Currículo se
torna uma maneira de fazer com que o aluno permaneça onde está (status social),
aceitando a sua condição, aceitando a definição do burguês e do proletário, o Status Quo.
Aula 9 – dia 15/04 com continuidade no dia 29/05
A Base das Teorias Críticas de
Currículo
Para a
teoria crítica a tradicional só serviu para análise, ou seja, é uma crítica a
tradicional. Como grande representante da teoria crítica temos as teorias de Althusser,
que diz que muitas escolas são punitivas e não educativas, que funciona como
aparelho de domínio ideológico do Estado e que essa ideologia é oferecida
através do Currículo, e que é um meio reprodutor do sistema capitalista. Todos
esses pensamentos são inspirados pelas teorias Marxistas, que visam o fim do
Status Quo.
Para Bowles
e Gintis, diferentemente de Althusser que diz que a escola contribuiu
não propriamente através do conteúdo explícito de seu currículo, mas ao
espelhar no seu funcionamento as relações sociais.
Para Bourdieu
e Passeron é através da reprodução da cultura dominante que a produção
mais ampla da sociedade fica garantida.
Contra concepção técnica: os
reconceptualistas
·
Instalação com os parâmetros tecnocráticos dos
moldes de Bobbitt e Tyler;
·
Questionam as teorias tradicionais;
·
Dizem que os teóricos tradicionais como fazer o
currículo;
·
Buscam além do como fazer, mas tudo o que está por
trás do Currículo;
·
Defendem o mundo de primeira ordem das experiências
diretas;
·
Defendem o Currículo com a experiência do aluno.
A crítica neomarxista de Michael
Apple
·
Questiona a educação liberal (como Althusser e
Bourdieu);
·
O Currículo não é neutro, inocente e desinteressado
de conhecimentos (também um instrumento ideológico);
·
O que a teoria tradicional não respondeu a teoria
crítica aprofunda.
Aula 10 – dia 29/05
O Currículo como Política Cultural: Henry Girux
·
Como teórico crítico também questionava as teorias
tradicionais;
·
O Currículo tem o poder de fazer as pessoas fugir da
dominação;
·
O sujeito deixando de ser coisificado e ser autor da
sua própria história;
·
O aluno exercendo a democracia através do Currículo.
Paulo Freire
Liberal e Progressista
defende a classe oprimida e a educação de cunho problematizador, a educação
bancária. Sendo a favor da melhora educacional através da sociedade e da
política.
Demerval Saviane
Também progressista
defende a separação da prática política da prática educativa (pelo fato de a
política contaminar a educação). Busca mais que os métodos mas, a aquisição
para os fins na educação.
Michael Young
Concentra-se nas formas
de organização do Currículo se preocupando com o porque de se atribuir mais prestígios
a umas disciplinas do que a outras.