04/06/2012

Escolas matam a criatividade? Ken Robinson acha que sim!


Entrevista (Sobre a inclusão de alunos deficientes)


Entrevistamos professores do ensino fundamental e educação infantil, todos com mais de dez anos de experiência na área. Tiveram como objetivo a compreensão da maneira com que os portadores de necessidades especiais são inseridos em sala de aula.
Foram abordadas questões sobre a socialização escolar desses alunos, as estratégias para a avaliação dos mesmos e as dificuldades enfrentadas pelos docentes em relação a estes alunos.
A primeira questão diz respeito à compreensão dos docentes acerca da inclusão de alunos deficientes nas classes regulares. A maioria dos entrevistados respondeu que este seja um processo fundamental para o crescimento do indivíduo. A inclusão é extremamente favorável à eliminação de posturas excludentes, pois a partir dessa convivência na heterogeneidade, as crianças aprendem desde cedo a não discriminar, mesmo sabendo que a palavra “inclusão” não acontece literalmente na práxis das escolas.
A segunda questão abordava a contribuição do docente para a socialização escolar destes alunos especiais. Os entrevistados responderam que se deve procurar adequar cada atividade para que o indivíduo, dentro de suas necessidades possa participar ativamente, e que o professor deve ser um mediador entre os colegas de classe e os alunos especiais.
A terceira questão tratava das estratégias adotadas para a avaliação destes alunos especiais. Os entrevistados responderam que a avaliação deve ser feita constantemente, e que assim o processo se torna mais eficaz, sendo observado o seu crescimento, respeitando o seu ritmo próprio. E que também, mais especificadamente, para cada patologia são estabelecidas metas dentro da adaptação curricular.
A ultima questão abordava as maiores dificuldades enfrentadas pelos docentes em relação aos alunos especiais inseridos em classes regulares. A resposta foi unânime, todos os professores apresentaram falta de conhecimento e informação, em relação à maneira de como lidar com estes alunos. Outro fator bastante citado foi também a falta de disponibilidade de materiais de apoio que contribua com a prática pedagógica.
Acreditamos que as entrevistas realizadas nos trouxeram uma carga de informações importantíssimas para este processo que seremos inseridos ao longo do curso, principalmente por tratar de um tema que ainda não tinha sido abordado por nós com tanta profundidade, ter conhecimento sobre a experiência de outros docentes enriqueceu bastante o nosso conhecimento.

Ética e Prática Docente X Currículo e Diversidade


Diante da nossa sociedade e do campo educacional, podemos afirmar que neste, se constitui também o campo da moral e da ética. Sendo o currículo a prática educacional que define qual tipo de educação está sendo executada (tradicional ou moderna) permite que a ética e a moral também auxiliem o currículo de modo, a saber, de qual conceito do currículo se fala.
A Moral vem de todo àquele que cumpre a regra sendo indispensável na elaboração do currículo, por sempre ter regras a cumprir e também na sua execução. A Ética é tudo aquilo que corresponde a um princípio, e o próprio currículo têm os seus. Junto com o Currículo, também correspondem a moral e a ética, sem duvidas, à prática docente em particular, que é o principal aspecto no currículo, o que o conduz.
Com a Moral também temos as partes que a integram sendo elas, a Norma, que é algo a ser cumprido; a Imoral, a negação da moral, da regra; e o Amoral que é a ação fora do campo moral, acontecendo com quem, por alguma incapacidade, não pode responder por seus atos. Os campos Éticos são, a Anti-ética, que feri os princípios éticos e o Aético, aquilo que está fora do campo ético (tal como a amoral).
Conhecendo os constituintes de cada campo (moral e ético) podemos estabelecer a convivência destes diretamente com quem executa o currículo. É parte fundamental de qualquer cidadão, quanto mais quem pratica a educação formal.

03/06/2012

Psicologia da Aprendizagem x Currículo e Diversidade

Tudo o que é ensinado ao aluno deve fazer algum sentido a ele. O mesmo deve ser feito com o currículo, e conseqüentemente, os conteúdos apresentados a eles, esse que deve ser um instrumento usado pelo professor com bastante responsabilidade, pra que os resultados sejam obtidos com sucesso. Alguns teóricos da área da psicologia, com enfoque no desenvolvimento das crianças, desde os anos iniciais, descrevem como deveria ser a aplicação do currículo e a avaliação, nesse contexto aluno/professor.
Skinner, por exemplo, afirma que toda criança, ao nascer, possui potencial biológico para aprender alguma coisa, o que não significa dizer que o conhecimento nasce junto com ela. Ele explica que o que deve ser feito em cada disciplina é observar o que o aluno não compreende, ou não sabe, e organizar-se para ensina-lo, e que esse processo deve continuar com a constante analise e avaliação do grau de preparo para determinadas aprendizagens, dos conhecimentos prévios. É necessário ainda, que se crie condições para a autoavaliação, e que possa haver feedbacks constantes, e se for necessário, que haja replanejamentos dos processos de ensino, em busca do sucesso na aprendizagem do aluno. Skinner acredita que a maior responsabilidade em fazer o aluno aprender fica com o professor, assim a avaliação que faz do aluno está diretamente ligada ao professor. É conseqüência de seu trabalho, a aprendizagem, ou não aprendizagem do aluno.
Já na teoria da Gestalt, o currículo deve ser compreendido como uma totalidade, deve haver coesão para os alunos todas as disciplinas aplicadas, mesmo que por parte do professor , seja feita rearranjos ao longo do processo, e que assim essa aprendizagem possa ser significativa. A aprendizagem do aluno è baseada em seus insights, um entendimento repentino e não imediato, que eles mesmos possam encontrar a solução de seus problemas.
Para Wallon , o desenvolvimento intelectual e a aquisição de conhecimentos andam juntos, assim os conteúdos possuem grande representatividade, no entanto a importância da escola não se reflete apenas nos conteúdos escolares mas nas interações  sociais que são proporcionadas, tendo um grande papel na formação da personalidade do aluno.
Enfim, cada teórico remete sua opinião em relação aos conteúdos e formas de avaliação no currículo como um todo, o fato é que o currículo continua sendo um grande desafio ao professor e algo de suma importância, a ser bem realizado.

Organização do Trabalho Pedagógico x Currículo e Diversidade


Para se ter uma escola de qualidade, em que todas as partes funcionem em sintonia, é necessário que haja um trabalho em conjunto, equipe escolar, alunos, pais e comunidade. Atitudes que serão consequência de um bom planejamento escolar. E esse planejamento está incluído no Plano Político Pedagógico (PPP). Ele engloba todas as partes de uma escola, de que maneira esta irá funcionar, em todos os sentidos, servindo assim como mudança da realidade de onde a escola está inserida, tem função social, de promover a cidadania e total desenvolvimento dos alunos.
O PPP é constituído por 3 fases, o diagnóstico, que se levanta todas as informações sobre a escola, é feita uma avaliação geral sobre o trabalho que escola vem realizando, quais são os pontos positivos e negativos do processo até aqui. Na segunda fase é trabalhada a identidade da escola, é nessa hora que é necessário ser feito o planejamento visando a pratica e a teoriajuntas; tudo o que estiver no papel deve acontecer, de fato. A escola deve procurar algo que a difere das outras escolas. Na terceira fase é pensado quais são as prioridades da escola, o que cada funcionário, desde a equipe pedagógica aos profissionais da limpeza, quais são as ações que serão desenvolvidas.
E dentro de todo este planejamento, entra é claro, os planos de disciplina, métodos de avaliação. O plano de disciplina é a sistematização do trabalho pedagógico, deve ser organizado e inserido de acordo com a realidade e o ritmo de cada aluno, englobando a diversidade cultural, política e social dos pais. Deve ser feita e organizada também, os métodos de avaliação, e que sejam constantes, para que se possam identificar os méritos e dificuldades da turma, e com isso adaptar a forma e apresentação destes conteúdos para os alunos.
Depois de colocar o PPP em prática, observa-se o quanto é importante e transformador, o reflexo dessas práticas e planejamentos, observa-se o progresso dos alunos, tornando a escola um ambiente agradável e convidativo, para todos da comunidade em que aquela escola se encontra, e o benefício maior, se dá aos alunos, em sua construção da identidade, em um ser ético e competente.

Políticas Educacionais X Currículo e Diversidade

Quando Karl Marx fala sobre Estado, diz que este não pode ser neutro por haver diferenças de classe. Ele classifica as duas principais classes como A e B, onde a classe A é a classe dominante, que busca ficar sempre mais rica e a classe B, é a que busca os seus direitos, ou seja, a classe rica e a classe pobre.
Diante desse contexto e diante à realidade do nosso país, é visível que a lei não alcança a todos, tornando as diferenças de classe ainda maiores. A começar pelo desconhecimento da lei pelos que são desfavorecidos por ela, que não se altera quando a Educação condena o leigo diante das leis, a continuar desconhecendo seus direitos.
Existe, portanto nesse contexto um fator que visa o respeito desses, que é o Currículo, este que tem o objetivo de viabilizar a igualdade ao menos no que diz respeito a Educação. A classe inferior pode reconstruir a história, sem herdar a continuidade da má educação, mudando o contexto por suas próprias atitudes que podem ser estimuladas pela maneira de organização curricular apontando a capacidade de reconstrução, mostrando que o pobre não precisa continuar onde está.

"Vivemos esperendo dias melhores"